Sessão tumultuada no encerramento do ano legislativo 13a5i

CANARANA - Na segunda-feira, dia 03 de dezembro de 2012, com início às 14:00 hs,  foi realizada a última sessão ordinária da 7ª Legislatura da Câmara Municipal de Canarana. Pelo que tudo indicava, essa sessão seria realizada num clima amistoso e até de emoção, já que 7 dos 9 vereadores não se reelegeram e com isso fizeram a sua despedida do Legislativo. Porém, um projeto enviado de última hora pelo Prefeito Walter Faria, fez com que a sessão se tornasse tensa e polêmica. O projeto pediu que fosse aprovado um parcelamento de uma dívida no valor R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) com o INSS e uma dívida de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) com o Prevican, Instituto de Previdência do Funcionalismo Público Municipal.

O projeto foi aprovado por 5 a 4, sendo que votaram a favor os vereadores: Francisco Cavalcante, Orlando Dourado, Madelaine Stragliotto, Mauro de Souza Vieira e Paulo José Gonçalves. Votaram contra o projeto os vereadores: Airto Braz da Rosa, Gema Favreto Colling, Joá José Porto dos Santos e Ênio Heinche Haas. O prefeito e seus vereadores aliados tentaram segurar o projeto em segredo para que fosse apresentado somente na hora da sessão. Porém a oposição conseguiu informações no final de semana e mobilizou a sociedade. O povo atendeu a convocação e lotou o plenário da Câmara, realizando manifestações, inclusive vaiando o Prefeito e os vereadores da situação no momento que se pronunciaram na tribuna.

        Segundo o Vereador Ênio Haas, os vereadores e a população foram enganados pelo Prefeito, que aplicou um verdadeiro golpe contra a democracia, pois vinha afirmando que as contas estavam todas em dia e que entregaria a Prefeitura para o Prefeito Eleito Evaldo Diehl com dinheiro em caixa. Numa reunião realizada recentemente com o Conselho Curador da Prevican, a Diretora Executiva do órgão, Edirce Eunes Andrade, pessoa de confiança do Prefeito, afirmou que estava tudo em dia. Para a surpresa de todos, na última hora apareceu esta dívida de R$ 2.200.00 (dois milhões e duzentos mil reais) para ser parcelada e com isso ser paga pelo próximo gestor. Dívida essa gerada pela falta de recolhimento dos valores devidos aos dois institutos, que vinha ocorrendo desde o início do ano.

        O Vereador lamenta também que os funcionários públicos municipais, que são os beneficiários do instituto municipal de previdência, também não foram informados da existência desta dívida por parte da Prefeitura, fato que gerou muita revolta. "Fica a lição de que os órgãos encarregados pela fiscalização deveriam ter ficado mais atentos. Foram na boa fé das informações adas pelo prefeito e seus aliados, mas esses traíram a nossa confiança", concluiu o Vereador Ênio Haas. (Domingos Finato)